Confetes

 

Guardo comigo uma saudade infinda
Dos carinhos que nunca me fizeste.
Do beijo que secou na boca, ainda,
Entre as juras de amor que não disseste.

Tenho comigo um sonho que não finda
Da esperança fugaz que não me deste.
Da carícia contida, muito linda,
Na pureza do amor que não quiseste.

No silêncio daquilo que calaste
Eu supus entender o que negaste
E sufoquei anseios irreais.

 Amar é mascarar-se de ilusões
É o Carnaval foliando as emoções...
Em confetes coloridos... Nada mais...

 

                              Alma de Almeida