Para um amigo especial

 

Amigo, de penosas caminhadas
arrastando, na vida falsos passos.
Quanta vez, por sofridas empreitadas
busquei apoio nos teus firmes braços.

Nas quedas, que não tive equilibradas,
amparada senti, por teus abraços.
As dores, no teu peito aliviadas
eu tinha, se abatida em meus cansaços.

 E tu, que nem o andar  lhe fora dado
me conduzias ao fim desejado
e me ensinavas, trôpego, a vencer.

Se eu antes for, amigo, ao Lar Bendito
hei de aguardá-lo à porta do Infinito
no dia em que voltares a correr.

 

                                                                                           Alma de Almeida