Serenata
De onde
vem essa voz que me acalanta
e, ao som de um violão, a
noite invade?
De onde vem esse canto que me encanta
e me enche de sonhos e ansiedade?
Quanta beleza nessa voz! E quanta
magia envolve o espaço em suavidade!
Por quem será o coração que canta?
Para quem brinda essa felicidade?
Ela vem de um galante trovador.
De um lírico e sincero sonhador
a cantar para alguém, tão docemente.
De quem será o amor tão comovente?
Para quem canta nesse ardor sem fim?
Quisera, eu, que fosse para mim.
Alma
de Almeida
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