Para uma Dama
27/12/2008
 
 
 
Há um vazio no espaço da telinha
Que, aos poucos, vai minando os sentimentos.
Fica, à deriva, o barco que continha
Um firme leme em relacionamentos.
 
O mundo virtual se desalinha.
A Arte se enfraquece por momentos
O verão se calou. Foi-se a andorinha
A procura de outros firmamentos.
 
Mas a herança dos bons não desvanece.
Na seara da vida refloresce
Em cada sementeira que plantou. 
 
E lá, no Espaço Etéreo que ganhou,
Uma legião de anjos louva e clama:
- "Bem vinda sejas tu, Divina Dama".


                                                            Alma de Almeida