De nós
(07-01-2010)
Quando te encontro assim, envelhecido,
E te recordo o juvenil de outrora,
Sinto que o tempo faz-se conferido
Nas rugas que o teu rosto mostra agora.
Quando te ouço a voz, em tom sofrido,
A relembrar fulgores de outra aurora.
Sofro a saudade do que foi vivido
E silencio o coração que chora.
Mas o que mais me aturde os sentimentos
É saber-te freqüente em pensamentos
A confirmar que nunca te esqueci.
E assim seguimos rumos conflitantes...
Tu, me lembrando o que fomos d’antes
Eu, me sustendo do que foi de ti.
Alma de
Almeida
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