Cicatrizes
(Março/2012)
Rasgada a pele
no furor da luta,
Quando a fera é mais forte e mais valente,
Ou bisturi que, rápido, executa
Um caminho de vida no paciente.
Cicatrizes cravadas pela bruta
E cruel realidade, tão presente.
É mais que dor. É glória absoluta.
É saga registrada de vivente.
Do corpo, as cicatrizes envelhecem.
Das feridas que
, então, desaparecem
O tempo regenera
o que restou.
Mas latejante,
aberta, dolorida,
Fica, da mágoa,
em chaga convertida,
A cicatriz da
alma que sangrou.
Alma de Almeida
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