Brinde de honra
 

 

Se há, nesta vida, um Deus para os acasos,
E pela humanidade o bem reparte,
Que te dê, da fortuna, a melhor parte,
Que venturas te dê sem lei nem prazos.

Eu, de alegria, tenho os olhos rasos
De lágrimas, querida, ao vir brindar-te,
Quando vejo que até para saudar-te
As flores se debruçam pelos vasos.

O meu brinde é sumário, curto, breve.
Se um nome que se quer, quando se escreve,
Quebra-se a pena em traços ideais,

Um anjo, como tu, quando se brinda,
Tem-se a missão cumprida e a festa finda.
Quebra-se a taça, não se bebe mais.


                                                              Américo Moreira