Romance
“Venha me ver sem falta... Estou velhinha.
Iremos recordar nosso passado.
A sua mão quero apertar na minha.
Quero sonhar ternuras ao seu lado.”
Respondi, pressuroso, numa linha:-
“Perdoa-me não ir... Ando ocupado.”
Amei-a tanto quando foi mocinha
E de tal modo também fui amado.
Passou a mocidade num relance...
Hoje estou velho, velha estás, suponho,
E perdeu da beleza os vivos traços.
Não quero ver morrer nosso romance.
Prefiro tê-la jovem no meu sonho,
De que, velha, apertá-la nos meus braços
Otavio Francisco da Rocha
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