Meus versos
Versos, hei de escrevê-los, certamente,
Consignando as minhas fantasias.
Rimas, hei de cantá-las, livremente,
Logrando a noite, nas horas vazias.
Versando mágoas de uma dor silente
Rimando meus deleites e alegrias
Entre versos e rimas, minha mente
Vai compondo o poema dos meus dias.
Quando a vida, enfim, me for levada
E a derradeira página fechada
Da esperança, que os sonhos
resgataram.
Vencendo a morte e os trágicos
revezes,
Por certo viverei, muito mais vezes,
Através dos meus versos que ficaram.
Alma de Almeida |